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Savona & Milão

Escrito por Passodestrada LTDA | Apr 17, 2019 1:24:01 PM

Savona x Milão

Descemos do nosso cruzeiro no Porto de Savona, parada final do navio para os brasileiros e boa parte da tripulação. A essa altura, já notávamos o embarque de europeus em Marselha e Barcelona, mudando drasticamente a composição dos passageiros do Costa Favolosa, mais famílias, e de modo geral um público mais jovem, em clima de primavera / verão europeu ocupava gradualmente as cabines, até as bandas e os músicos haviam sido substituído e um repertório local agora era interpretado por eles.

O processo de desembarque do navio é bem educativo, com direito a uma preleção com imagens, apresentador e tudo. Recebemos fitas para identificar novamente nossas bagagens, que deveriam ser dispostas no corredor no dia anterior ao desembarque, a serem recolhidas na madrugada. Na manhã de nossa partida, recebemos a autorização para desembarque, com o Costa Card em mãos e os passaportes, estes novos, que receberam a primeira carimbada em solo italiano, num processo que é basicamente seguir a fila, entregar o passaporte a autoridade, que scaneia o chip e carimba.

Do porto de Savona até a estação rodoviária, cobravam 15 euros, pelo GPS, eram apenas 10 minutos de caminhada, encaramos esse turismo forçado e andamos até a estação. A cidade de Savona se mostrava ainda tímida nas primeiras horas do dia em plena segunda feira, nada aberto ainda pelo nosso caminho até a estação. Ao chegar na estação, descobrimos que ela era desprovida de um guarda-volumes, ou qualquer lugar que pudesse acomodar nossas malas enquanto pudéssemos passear, já que ainda faltavam muitas horas até nosso trem que partiria as 16h30 rumo a Milão.

O jeito foi explorar a área arrastando as malas por aí, encontramos um prédio da “POLIZIA” e até arranhamos no italiano a fim de que pudéssemos deixar as malas guardadas por lá, o policial disse não ser possível, foi o jeito carregar nossa bagagem, por sorte, malas com alças e rodinhas. Achamos um shopping na redondeza, completamente diferente do estilo que conhecemos, tanto pela disposição das lojas, como pela organização das praças de alimentação. Por falar em lojas, nenhuma delas era conhecidas, quer dizer, tirando a loja da iWind, nossa operadora telemóvel, cada nova loja era uma descoberta.

Os preços depois de convertidos em real não foram nem um pouco convidativo as compras, começamos a perceber porque o comércio em Tenerife é tão valorizado, a diferença dos preços era gritante. Ainda encontramos umas boas ofertas para comprar e também almoçar. 

Notamos nesse shopping, uma proibição um tanto que peculiar, a proibição de câmeras no shopping, não sei o verdadeiro sentido, com o foco na segurança, pensamos que é uma maneira de resguardar a construção, os pontos críticos, a formação, de registrar os eventos, uma precaução ao terrorismo. Na visão mercadológica, só veio a mente a preservação dos preços e promoções, vai que eles não querem que os concorrentes saibam que preço estão praticando.

Os trens na ferroviária não surpreendiam nenhum pouco, o aspecto envelhecido não escondia a idade daquela estrutura inteira, para modificar o contexto chegou nosso trem da companhia Tello, um trem novinho e confortável. No embarque, é cada um por si, malas pelo corredor ou sob os assentos, a viagem é rápida, silenciosa, confortável e bem barata, havíamos comprado nossos tickets com uma certa antecedência, na hora do embarque eles estavam cinco vezes mais caro, compramos por 9 euros, custavam na hora 45.

Milão

Em pouco mais de duas horas chegamos na estação central de Milão, dessa vez a reação foi outra, comparado aos demais trens, o nosso pareceu mais velho. A estação enorme, abrigava dezenas de trens indo e vindo para todas as partes da Europa, painéis de LED indicavam as chegadas e partidas tais como nos aeroportos e as pessoas lá ficavam diante deles, expectantes para a sua estação.

Moovit. Esse é o aplicativo que deve estar instalado em todo celular de viajante, além de claro o Google Maps, Uber, Cabify, e outros que variam de cidade para cidade. O objetivo deles é encontrar o melhor caminho para seu destino. Tínhamos uma hospedagem garantida através do Airbnb em Milão e como era nossa primeira vez, não tínhamos a menor ideia de como tudo funcionava, na internet tem algumas dicas, sim, mas viver na real, é bem diferente, ai vão algumas dicas práticas.

O transporte público de Milão é maravilhoso, interligado entre bondes, VLT, ônibus, metros e trens, utiliza uma tarifa só, então a quantidade de viagens que você pretende fazer, vai definir que tipo de bilhete você terá que comprar. O que nos atendeu é um que tem duração de 24h, e viagens ilimitadas, com o custo de 4,50 euros tem um ótimo custo benefício, se comparada a uma tarifa de um trecho simples de quase dois euros.


Mapa de transportes e pontos de interesse, dica da anfitriã Airbnb

Pra se deslocar, é só seguir mesmo as indicações dos aplicativos, atenção básica para os sentidos das estações, tudo funciona perfeitamente, cobranças automáticas, você praticamente não tem interação humana, já que compra teus bilhetes em uma máquina, que até te dá troco, a passar pelas máquinas que colhem o ticket registrando sua viagem, tanto na entrada como na saída das estações.

A cidade é incrível, dispensa comentários, tem diversas orientações do que fazer e onde ir pela internet a fora, o que a gente vai compartilhar aqui são as nossas impressões sobre a cidade, como turista mesmo.

Se seu plano é fazer compras, traga bastante dinheiro e não converta os preços. É tudo muito caro, até nos ambulantes, pra se ter ideia, para um presente fomos ver um fone, o preço que o vendedor queria era 20 euros caiu pra 18, pela cotação de nosso euro, de R$ 4,50, dava em torno de R$63,00 na hora pesquisamos no Mercado Livre, encontramos o mesmo modelo com preço iniciais de R$45 chegando até R$120, depois de justificar ao vendedor o porque de não comprarmos, mostrando-lhe inclusive os preços praticados no Brasil, em tom sério, o indiano calmamente explicou que em Milão tudo é caro se isso, apontando para a jaqueta, no Brasil custa 2 euros, em Milão, custará 20. 

Andamos boa parte da cidade e a teoria do camelô foi concisa, nenhuma promoção, nenhuma boa oferta e praticamente nenhuma compra feita, tirando claro a comida gostosa e as sobremesas deliciosas. Consultando o Guruogle, vimos algumas indicações de outlet, pela cultura geral, é lugar de coisa boa e barata certo? Menos em Milão, os preços em outlet superam os preços de prateleira das lojas brasileiras, então, se os mais de 15km caminhando pelas lojas não estiverem errado, Milão é uma cidade pra quem tem bastante dinheiro comprar, não sendo nosso caso, lá vamos nós para nossa próxima parada, a romântica Veneza. Em nosso Instagram @passodestrada estamos publicando muita coisa da viagem, segue a gente por lá também, estamos por aí em passodestrada.