Descubra como dois policiais baianos embarcaram em uma emocionante jornada no Departamento de Polícia de Austin, Texas, e vivenciaram a rotina policial nos EUA.
O que acontece quando dois policiais baianos decidem mergulhar na rotina de uma das forças policiais mais renomadas dos Estados Unidos? Esta é a história da Capitã Edilânia de Jesus Soares e do Tenente Alisson, que embarcaram em uma aventura inesquecível no Departamento de Polícia de Austin, Texas, em 25 de setembro de 2024. Prepare-se para uma narrativa que une ação, aprendizado e cooperação internacional.
Tudo começou com uma troca de mensagens que formalizou o convite para o programa "Ride Along":
"Good afternoon,
You are scheduled to ride out with APD Region 3 patrol H300’s on Wednesday, September 25, 2024..."
A ansiedade e o entusiasmo tomaram conta do casal. Edilânia e Alisson sabiam que essa experiência seria única. Eles responderam prontamente, confirmando sua participação e demonstrando profissionalismo e cortesia.
No dia marcado, em 25 de setembro de 2024, às 14h, foram recebidos calorosamente na delegacia. A atmosfera era de seriedade devido a um duplo homicídio ocorrido na semana anterior, ainda sob investigação. Durante o briefing com os demais policiais, perceberam a complexidade e o compromisso envolvidos na resolução do caso.
Equipados e prontos, acompanharam os policiais em todas as etapas:
A adrenalina aumentou quando participaram de ocorrências reais:
Durante a visita, Edilânia e Alisson tiveram a oportunidade de entender as particularidades da estrutura policial nos Estados Unidos. Diferentemente do Brasil, onde as polícias civil e militar são centralizadas em âmbito estadual, nos EUA o sistema é descentralizado, com forças policiais em níveis municipal, estadual e federal. Cada agência possui autonomia e responsabilidades específicas, permitindo uma atuação mais focada em questões locais.
Essa diferença estrutural despertou reflexões sobre os modelos de policiamento. Enquanto no Brasil a integração entre as polícias é fundamental devido à centralização, nos EUA a colaboração entre as diferentes agências é essencial para enfrentar crimes que transcendem jurisdições. De acordo com a Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais, essa descentralização pode trazer vantagens em termos de rapidez e eficiência, mas também desafios relacionados à coordenação entre agências.
Segundo o Tenente Alisson, "Foi impressionante ver como a tecnologia e a descentralização podem contribuir para a eficiência do trabalho policial. Essa experiência nos fez pensar em como podemos aprimorar nossas práticas no Brasil."
No intervalo, desfrutaram de uma refeição típica americana no Chick-fil-A, cortesia dos colegas policiais. O momento serviu para estreitar laços e compartilhar histórias sobre as realidades de ser policial em países diferentes. A camaradagem reforçou a ideia de que, apesar das distâncias e diferenças culturais, a missão de proteger e servir une todos os profissionais de segurança.
Ao retornar ao departamento, esclareceram uma dúvida sobre as regras de estacionamento, evitando problemas futuros. A experiência não apenas ampliou seus horizontes profissionais, mas também fortaleceu sua parceria como casal e colegas de farda.
Essa imersão na rotina policial americana destacou a importância da cooperação internacional na área de segurança pública. A troca de experiências e conhecimentos entre forças policiais de diferentes países é fundamental para enfrentar desafios globais, como o tráfico de drogas e a criminalidade organizada.
A Capitã Edilânia compartilhou: "Essa experiência foi transformadora. Aprendemos muito sobre técnicas de policiamento e estamos ansiosos para aplicar alguns desses conhecimentos em nossa atuação no Brasil."
A aventura da Capitã Edilânia e do Tenente Alisson no Departamento de Polícia de Austin foi mais que uma simples visita; foi um intercâmbio cultural e profissional que enriqueceu suas carreiras. Histórias como essa inspiram a cooperação internacional e destacam a importância da troca de conhecimentos na área de segurança pública.
Programas de cooperação, como o "Ride Along", fortalecem os laços entre nações e contribuem para a evolução das práticas policiais. A compreensão das diferenças e semelhanças entre os sistemas de segurança permite aprimorar estratégias e promover um ambiente mais seguro para todos.
De acordo com dados do Relatório de Cooperação Internacional da Polícia Federal, essas iniciativas têm sido fundamentais no combate ao crime transnacional e na melhoria das técnicas de investigação.
Veja no Instagram
Se você se interessou por essa incrível experiência e deseja conhecer mais sobre programas semelhantes, acesse o site oficial do Departamento de Polícia de Austin. Além disso, confira as iniciativas de cooperação internacional promovidas pela Polícia Federal Brasileira e entenda mais sobre as diferenças entre as polícias dos Estados Unidos e do Brasil neste artigo especializado produzido pela FENEME.
Confira também nosso conteúdo relacionado sobre o Ride Along em Londres e descubra como as experiências policiais internacionais podem enriquecer ainda mais a compreensão sobre segurança pública global.
P: Qual a principal diferença entre a polícia brasileira e a americana?
R: Uma das principais diferenças é a estrutura organizacional. No Brasil, as polícias são centralizadas em âmbito estadual, enquanto nos EUA o sistema é descentralizado, com agências locais, estaduais e federais. Isso influencia a forma de atuação e a colaboração entre as forças de segurança.
P: O que é o programa "Ride Along"?
R: O "Ride Along" é um programa que permite que civis acompanhem a rotina de policiais durante um turno de trabalho. É uma oportunidade para entender de perto como funciona o trabalho policial e promover a transparência e interação com a comunidade.
P: Como posso participar de um programa de intercâmbio policial?
R: Programas de intercâmbio geralmente são organizados por instituições policiais ou acadêmicas. Interessados devem buscar informações junto às suas corporações ou universidades para oportunidades disponíveis.
E você, já imaginou como seria vivenciar a rotina policial em outro país? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas impressões sobre essa incrível jornada!
Sobre o autor: Alisson Soares é Oficial da Policia Militar da Bahia e entusiasta de iniciativas de cooperação internacional na área de segurança pública. Bacharel em Segurança Pública e Defesa Social e em Direito. MBA em Planejamento Estratégico, diplomado na Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra no CEPE 2016. Especialista em Direito Militar. Especialista em Ciências Jurídicas. Especialista em Direito Ambiental.
Estudante do Curso Superior de Tecnologia em Defesa Cibernética - Cyber Security na Impacta. Especializando MBA em Gestão e Governança de Segurança Pública pela UNB.
Piloto e Instrutor de Vôo de Aeronaves Remotamente Pilotadas.